sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Cinema Expandido









Apresentação

Hoje, não temos dúvidas que nossos antepassados iam às cavernas para fazer sessões de “cinema” e assistir a elas. Muitas das imagens encontradas nas cavernas em Altamira, Lascaux, etc. foram gravadas em relevo na rocha e os seus sulcos pintados com cores variadas. À medida que o observador se locomove nas trevas da caverna, a luz de sua tênue lanterna ilumina e obscurece parte dos desenhos: algumas linhas se sobressaem, suas cores são realçadas pela luz, ao passo que outras desaparecem nas sombras.



Desde que o Cinema se constituiu em instituição, a partir de fins do século XIX, analistas e pensadores não cessam de apontar para a extraordinária semelhança entre a cena da Caverna de Platão e o dispositivo de projeção cinematográfica (a situação que reina na sala de projeção). A primeira sessão de Cinema nos moldes que a conhecemos hoje, ou seja, numa sala publica de projeções, aconteceu há mais de dois mil anos, muito antes que Louis Lumiére mostrasse as paisagens animadas de La Ciotat no Grand Café de Paris.


O Cinema possui muitas histórias, nem todas pertencem aos filmes. Embora mudanças na tecnologia básica, na percepção pública e na prática artística das mídias de som e imagem possam evoluir durante longos ciclos históricos, também há momentos em que a transferência ocorre de forma descontínua, distribuída de maneira desigual, durante períodos muito mais curtos de tempo e com determinações mutuamente independentes. Atualmente, podemos identificar dois desses períodos relativamente bruscos de transformações que ocorrem em um espectro amplo de tecnologias midiáticas e desenvolvimentos sociais: o período entre a década de 1870 a 1900, e o período entre 1970 e 2000.


O Cinema, como conhecemos, é em grande medida consequência da urbanização e da eletrificação. Por que o Cinema, quando se estabeleceu na última década do século XIX e nas duas primeiras décadas do século XX, apostou tudo na fotografia, quando as possibilidades da criação elétrica de imagens e a transmissão de imagens também já eram conhecidas? Por que o Cinema não rompeu com a projeção perspectiva do Renascimento, com a visão emoldurada e com a ideologia individualizante e subjetivista que sustentavam a pintura do cavalete? O Cubismo e o Futurismo poderiam ter mostrado o caminho, mas o Cinema retornou de forma maciça aos modos clássicos de representação pictórica.



Objetivos

O curso Do Pré-Cinema ao Cinema Expandido, ministrado por Paulo Leônidas, pretende analisar os diversos ciclos evolutivos do exercício do fazer cinematográfico através  da reavaliação de materiais não canônicos dos arquivos cinematográficos, incluindo a grande variedade de filmes científicos e médicos, caseiros e educacionais. Esses filmes representam uma verdadeira mina de ouro para videoartistas e artistas de instalações, dando origem a diferentes gêneros de filmes found footage, de ensaio e outros modos de reciclagem e apropriação do patrimônio fílmico, do arquivo fotográfico e da herança fotográfica.



Conteúdos

Primeiro período: Popularização da fotografia. Surgimento do cinema.
O telégrafo. O telefone. A invenção do rádio. As teorias básicas da tecnologia da televisão.


Segundo período: Consolidação do vídeo como meio de gravação
e armazenamento. A arte de vanguarda. As instalações artísticas.
A hibridização com o Cinema. A adoção universal do computador pessoal. Sons e imagens digitais. A invenção do telefone celular.
O surgimento da internet e da world wide web.



Ministrante: Paulo Leônidas
Graduado em Arquitetura (UFRGS). Pós-graduado em Arquitetura (PROPAR / UFRGS / Architectural Association Scholl of Architecture - Londres). Mestrado em Arquitetura (PROPAR / UFRGS). Professor visitante na Escola de Arquitetura / Universidade de Varsóvia (Polônia) e na Architectural Association School of Architectura AA (Londres, Inglaterra).
Conferencista, cenógrafo, cineasta, escritor e roteirista de cinema e séries de TV. Lançou os livros "Romeu e Julieta 1844) (romance, 2015) e "DezMiolados" (coletânea de autores, 2019). É autor de inúmeros artigos e textos acadêmicos. Já ministrou o curso “A Arquitetura do Cinema” pela Cine UM.



Curso
DO PRÉ-CINEMA AO CINEMA EXPANDIDO
de Paulo Leônidas


Datas
30 de Novembro e 1º de Dezembro (sábado e domingo)

Horário
14h às 17h

Duração
2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio Petrobras / Sala Décio Andriotti
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - 3º andar - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento
- R$ 95,00 (Cartão de crédito / PagSeguro)

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PROMOÇÃO
(Válido apenas para depósito bancário)
 * 1º Lote (até 15/nov): R$ 70,00
* 2º Lote (até 22/nov): R$ 80,00
* 3º Lote (até 30/nov): R$ 90,00



Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714


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Realização
Cine UM Produtora Cultural - 10 Anos

Apoio
Cinemateca Capitólio Petrobras


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