
Em 1990, um nome do novo cinema autoral norte-americano da década anterior, David Lynch, se juntava a um roteirista de televisão experiente, Mark Frost, para mudar a história desta mídia doméstica para sempre. Twin Peaks estreou com muitas dúvidas, causando burburinho e tornando-se em seguida um sucesso de audiência levado pela pergunta que incendiou a cabeça dos fãs: “quem matou Laura Palmer?”.

A mistura de trama policial com soap opera, com doses do humor tipicamente lynchiano, garantiu uma segunda e errática temporada, encerrada de forma bombástica, mas insatisfatória, levando o diretor a produzir por conta própria um filme para os cinemas que tentava dar conta da história pregressa da personagem, o longa Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (1992).

Um quarto de século depois, é a vez de a série ressurgir em nova encarnação. Twin Peaks – O Retorno estreou em 2017 repensando os formatos série e filme, assim como as mídias TV e Cinema, de maneira ainda mais radical que a série original. Espécie de Odisseia pós-moderna, acabaria sendo a obra final de um realizador que nos deixou este ano e que marcou para sempre as imagens em movimento e o som.

Objetivos
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Conteúdos
Aula 1
A ORIGEM
As
séries televisivas até os 1980;
David
Lynch: entre o culto e o fracasso;
O
piloto e as duas temporadas: um sucesso inesperado e desajeitado;
Aspectos
formais e narrativos de Twin Peaks;
O
fim da série e o filme como começo.
Aula 2
O RETORNO
Um
hiato aqui e no além: te vejo em 25 anos;
Velhos
rostos, velhos corpos: os personagens;
Twin
Peaks está por tudo;
Questões
de duração na série;
Aspectos formais e narrativos de Twin Peaks – O Retorno.
Ministrante:
Milton do Prado
Doutor
em Comunicação Social pela PUCRS, onde desenvolveu a tese “Longa duração e
serialidade no Cinema do Século XXI: Os casos Twin Peaks – O Retorno (2017) e
La Flor (2018)”. Mestre em Film Studies pela Concordia University,
de Montreal e bacharel em Comunicação Social: Jornalismo (UFRGS). Professor e
Coordenador do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos (CRAV). Dirigiu com
Amabile Rocha o curta O Velho do Saco (1999). De 2004 a 2009 foi sócio
da produtora Clube Silêncio, de Porto Alegre e em 2010 fundou, com Fabiano de
Souza, a Rainer Cine, onde atua principalmente como produtor e montador. Ainda
na Rainer, codirigiu com Fabiano o curta documentário Os Filmes Estão Vivos
(Prêmios da Crítica e Especial do Júri no Festival de Gramado, 2013).




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