quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Cinema Cubano

 



A Revolução Cubana completou 62 anos. Liderados por Fidel Castro e Ernesto "Che" Guevara, os guerrilheiros da Sierra Maestra protagonizaram um dos momentos mais importantes do século XX, alterando o rumo de todo o continente americano. No entanto, os revolucionários nunca visaram, tão somente, uma mera tomada de poder, mas sim, carregavam consigo todo um projeto de modificação da sociedade. Para tanto, o Cinema era uma peça fundamental na construção daquela nova realidade social, ocupando a centralidade da produção de imagens do novo regime cubano, tocando diretamente no imaginário social. A construção de um novo cinema era vista como fundamental na formação de um "homem novo".


Os filmes cubanos atingiram o status de produto prioritário do Estado e foram produzidos em larga escala, dominando as salas de Cinema em seu próprio país, algo inédito no continente americano, e alcançaram diversas salas ao redor do mundo, circulando também por muitos festivais. Filmes como Lucía, de Humberto Solás, em 1968 e Memórias do Subdesenvolvimento, de Tomás Gutiérrez Alea - filme mais premiado no mundo em 1968 - ganham destaque em festivais internacionais. Feito somente comparável a Morango e Chocolate, do mesmo Alea, que disputou o Oscar em 1993.


Em 1959 foi criado o Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos – o Icaic - com a missão de estruturar a produção audiovisual e promover a propaganda do governo. Com este suporte o cinema cubano assumiu identidade própria revelando uma pluralidade estética e temática nos filmes produzidos, expondo muitas vezes as tensões e conflitos vividos no país. A infraestrutura industrial de cinema desenvolvida em Cuba permitiu, por três décadas, uma produção permanente e sistemática, a partir de seus próprios estúdios, laboratórios e pessoal técnico e artístico. Até 1990, Cuba produzia cerca de 10 longas por ano, além de duas dezenas de documentários de curtas e médias metragens. Esta produção se articulava e se sustentava essencialmente graças aos recursos provenientes da União Soviética. Esta dependência foi interrompida com o fim do comunismo e a desagregação da URSS. Assim, Cuba entra em uma crise econômica perdurou até o início dos anos 2000. A produção cubana de filmes reduziu-se a um terço. A partir de 2003, o cinema cubano ganhou novo fôlego, realizando coproduções com outros países latinos e europeus, principalmente a Espanha.


Objetivos

O Curso online Cinema Cubano: Os Filmes de Revolução, ministrado pelo historiador e cineasta Alexandre Guilhão, apresentará um panorama social e histórico da formação do Cinema em Cuba. O objetivo é analisar o diálogo da produção cinematográfica com a própria história social e política do país. Serão analisados diversos filmes e os principais diretores, desde a era pré-revolucionária até os filmes mais importantes das décadas de 60, 70, 80 e 90.



Conteúdos 

Aula 1

Introdução à história de Cuba e a trajetória da arte cinematográfica na ilha.

Os cinemas silencioso e sonoro antes da Revolução Cubana.

Os primeiros filmes com temática política em Cuba.

A efervescência dos anos 60 e a criação do Instituto Cubano de Artes e Indústria Cinematográfica (ICAIC).

A revolução produz suas imagens. Surge o Novo Cinema Cubano (NCC).

O cinema dialético de Tomás Gutiérrez Alea.

A primeira geração de diretores da Revolução: Julio Garcia Espinosa, Humberto Solás, Santiago Alvares e Tomás Gutiérrez Alea.

 


Aula 2

O cerceamento cultural e as disputas no campo cinematográfico dos anos 70.

As relações do cinema cubano com os outros cinemas do continente.

Os filmes históricos dos anos 70.

Os filmes de Sara Gomes, Jesus Diaz, Sergio Giral e Juan Carlos Tabío.

As disputas em torno de um projeto socialista nos anos 80 e sua influência nos filmes do período.

O cinema no período especial e a crise do socialismo no mundo.

Qual o papel do cineasta?

O Cinema Cubano hoje.

 


Ministrante: Alexandre Guilhão

Formado em Cinema e Mestre e Doutorando em História pela PUCRS. Produziu dissertação de Mestrado que analisou a transição do Cinema em Cuba após a Revolução e os seus principais filmes. Desenvolveu também pesquisa, em nível acadêmico, sobre o Cinema Cubano. É coordenador do grupo de estudos em Cinema-História da PUCRS. Já ministrou cursos e oficinas com esta temática, bem como, coordenou simpósios temáticos e escreveu artigos sobre Cinema e História, em especial na América Latina. Roteirista e diretor de fotografia. Dirigiu o documentário Tomada da Casa do Povo (vencedor do II Cine Tamoio Festival).



Curso online
CINEMA CUBANO:
OS FILMES DA REVOLUÇÃO
de Alexandre Guilhão


Datas
13 e 14 / Novembro
(sábado e domingo)

Horário
14h às 16h30

Duração
2 encontros online
(carga horária: 5 horas / aula)

Material
Certificado de participação


Investimento
R$ 70,00 (parcelado em até 12x)

..PROMOÇÃO..
Valor Especial para as primeiras 10 inscrições:
R$ 60,00



Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714






Realização







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