sábado, 3 de maio de 2025

Loucura Feminina no Cinema




A construção social do gênero, entendida aqui como uma prática discursiva, consolidou-se ao longo do tempo por meio de múltiplos emissores. Quando associada à loucura no final do século XIX, essa construção ganhou reforço do saber médico, que legitimou cientificamente a dominação masculina ao vincular feminilidade e descontrole mental. Neste curso, o discurso sobre a loucura feminina será analisado a partir de um tríptico de filmes do cinema de terror estadunidense das décadas de 1960 e 1970. Utilizando as categorias foucaultianas de dispositivos, enunciados e práticas discursivas, os objetivos centrais são a observação, a identificação e a análise dos estereótipos de gênero e loucura que se manifestam nas personagens femininas dos filmes: O Que Terá Acontecido a Baby Jane? (1962, Robert Aldrich); O Bebê de Rosemary (1968, Roman Polanski) e O Exorcista (1973, William Friedkin).

Os filmes serão tratados como documentos históricos, investigados através da análise das tecnologias de gênero – conceito desenvolvido por Teresa de Lauretis (1987) a partir das tecnologias sexuais de Foucault (1988). O intuito é examinar como o cinema de terror perpetuou uma tradição ancestral que associa as mulheres, tanto discursiva quanto imageticamente, ao mal e à anormalidade, além de explorar como o medo foi instrumentalizado a partir dos estereótipos da loucura feminina difundidos pelo discurso médico-psiquiátrico do século XIX.

Ao focar no cinema norte-americano das décadas de 60 e 70, buscaremos evidenciar que foi em um contexto de intensas lutas sociais por direitos que alguns dos maiores clássicos deste gênero foram criados. Também investigaremos como diferentes campos de atuação, como o religioso e o médico, foram mobilizados nestas películas visando reforçar hierarquias de gênero, tendo o campo cinematográfico como aliado. Temas associados ao feminino como a maternidade, sexualidade, comportamento e aparência serão abordados por meio dos Estudos de gênero e sexualidade, da História cultural, História das Mulheres e da Loucura.

Objetivos

O curso Loucura Feminina no Cinema: Discursos sobre Estereótipos de Gênero, ministrado por Muriel Rodrigues de Freitas, tem como objetivo central desnaturalizar a associação histórica entre feminilidade e desordem psíquica, investigando as origens e a perpetuação desse imaginário. Por meio da análise de personagens cinematográficas, serão identificados os repertórios discursivos que vinculam mulheres à loucura, bem como as estratégias narrativas e visuais que reforçam estereótipos, contextualizando-os em suas épocas de produção, e ainda as continuidades e rupturas dessa tradição no cinema de terror estadunidense das décadas de 1960 e 1970.



Conteúdos

Aula 1

- O que são dispositivos, enunciados e práticas discursivas e como podemos identificá-las no cinema;

- Como discursos sobre as mulheres, o mal e a loucura foram construídos ao longo da História?

- Apresentação dos filmes a serem analisados;

- Apresentação dos três eixos de análise: feminilidade mal construída, sexualidade e maternidade;

- Análise de sequências a partir do eixo feminilidade mal construída (baseada no tripé beleza, idade e comportamento).

 

Aula 2

- Conhecer o conceito de Tecnologia de Gênero;

- Análise de sequências a partir do eixo sexualidade;

- Análise de sequências a partir do eixo maternidade;

- O horror e o medo no cinema como instrumentos discursivos de violência de gênero.

 


Perfil: MURIEL RODRIGUES DE FREITAS

Professora e historiadora, pesquisadora da História das Mulheres e da Loucura. Ministra cursos e oficinas referentes aos discursos sobre violência de gênero a diversos públicos: escolas, universidades, cursos de formação de juízes e magistrados, pós-graduações na área da saúde entre outras. Mestra e doutora em História e admiradora do cinema de Horror. Teve sua tese publicada em livro com o título “Irmã, por que há sangue saindo da sua cabeça? Discursos sobre a loucura feminina nos filmes O que terá acontecido a Baby Jane?, O bebê de Rosemary e O exorcista”.




Curso
LOUCURA FEMININA NO CINEMA: DISCURSOS SOBRE ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO
de Muriel Rodrigues de Freitas

Datas
07 e 08 / Junho
(sábado e domingo)

Horários
14h30 às 17h30

Duração
2 encontros presenciais
(carga horária: 6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


Material
Certificado de participação


Investimento

Lote 1 (até 25/05)
R$ 60,00


Formas de pagamento
Cartão de crédito (em até 3x)
Boleto
Depósito / Pix



FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO



segunda-feira, 14 de abril de 2025

Vincent Price

 


Monstros, demônios, aristocratas maquiavélicos, cientistas loucos, ladrões, assassinos: esses são apenas alguns dos muitos personagens que povoam as narrativas góticas como ameaças reais ou imaginárias, mas são também alguns dos inúmeros personagens vividos por Vincent Price (1911 - 1993).


O gótico desponta como um novo gênero literário no século 18, sendo uma mescla de histórias que falam sobre as paixões humanas e medos aterradores e, ao mesmo tempo, lidando com temas como moralidade humana, a morte, filosofia e religião, com histórias geralmente ambientadas em florestas escuras, casas abandonadas ou castelos assombrados. O horror gótico deu vazão a inúmeros personagens de Price que carregam em si os genes deste gênero tão importante e celebrado até hoje e que são homenageados e referenciados até hoje nos quadrinhos, no cinema e na música.


Vincent Price foi um dos atores mais prolíficos de sua geração e até hoje é um dos mais lembrados. Foi com muito talento e maestria que ele deu vida a personagens carregados de dor e sofrimento e dotados de nuances e malícias. Dono de uma voz inconfundível e de um carisma inigualável, Price realmente era um gênio único — um homem que podia fazer você tremer de medo em um filme de terror e rir de suas trapalhadas em uma comédia no minuto seguinte.


Um dos atores mais icônicos do cinema gótico de horror, Price consagrando-se como um de seus expoentes máximos graças a sua presença magnética, voz aveludada e habilidade em transmitir uma mistura de elegância e morbidez. Com uma carreira que abrangeu décadas, ele se tornou sinônimo do gênero, especialmente por suas atuações em clássicos como A Casa de Usher (1960) e A Máscara da Morte Rubra (1964), sob a direção de Roger Corman, dentre outros tantos títulos no gênero. Além do horror, Price demonstrou versatilidade em comédias, filmes noir e até mesmo na televisão, provando seu talento além dos papéis sombrios. Sua imagem pública, marcada por um ar sofisticado e um humor peculiar, transformou-o em um símbolo pop, cultuado por gerações e eternizado como uma lenda não apenas do cinema, mas da cultura popular como um todo. E, claro, sua participação na música Thriller de Michael Jackson é a prova de que ele sabia que era um ícone e abraçava isso com classe e uma pitada de humor negro.


Objetivos

O Curso Vincent Price: o príncipe do horror gótico, ministrado por Janaína Gamba, pretende analisar e descobrir de que maneira a carreira do ator se interpôs ao gênero Gótico. Ao contar a história deste gênero literário que, mais tarde, foi cooptado pelo Cinema através do horror e do terror, falaremos também sobre a carreira cinematográfica de Vincent Price, um ator sempre querido e lembrado pelos seus icônicos filmes, traçando um paralelo entre o surgimento do Gótico e a presença cinematográfica do ator.


Conteúdos


Aula 1

O que o Gótico?

O gênero, suas origens e destaques.

O Gótico chega ao Cinema.


Aula 2

Vincent Price: o príncipe do horror.

Perfil, origens e evolução da carreira.

Um ator elegante e versátil.

Destaques da sua carreira e principais trabalhos.

Como seus vilões são a cara do Gótico.

O legado do ator.


Ministrante: Janaina Gamba

Mestre e doutora em Comunicação Social pela PUCRS. Apaixonada por cinema, já ministrou os cursos Vilões do Cinema: nossos malvados favoritos (2015), Fritz Lang: o arquiteto das sombras (2017 e 2019) e O Excêntrico Universo de Wes Anderson (2024) para a Cine UM. Recentemente ministrou também um curso livre de cinema para o MIS - Museu da Imagem e Som, em São Paulo.





Curso
VINCENT PRICE: 
O PRÍNCIPE DO HORROR GÓTICO
de Janaína Gamba


Datas
17 e 18 / Maio
(sábado e domingo)

Horários
14h30 às 17h30

Duração
2 encontros presenciais
(carga horária: 6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


Material
Certificado de participação


Investimento

Lote 1 (até 30/04)
R$ 60,00

Lote 2 (até 11/05)
R$ 65,00


Formas de pagamento
Cartão de crédito (em até 3x)
Boleto
Depósito / Pix



FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO





Informações

cinema.cineum@gmail.com  /  Fone: (51) 99270-1352




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terça-feira, 25 de março de 2025

Cinema de Fluxo



Em 2002 um crítico da Cahiers du Cinéma, Stephane Bouquet, escreve um texto de título “Plano contra fluxo”. Sua tentativa era a de diferenciar cineastas que se guiam por uma composição pré-concebida do plano e outros, que deixavam-se guiar pelos acontecimentos do real em frente à câmera. Pouco tempo depois, outro Cahiers, Jean-Marc Lallanne, corroborava com a discussão, anunciando que o “horizonte estético do cinema contemporâneo tomaria a forma de um fluxo, um fluxo esticado, contínuo, um escorrer de imagens”. Novamente, a noção de “fluxo” é posta como uma contraposição do cinema contemporâneo aos instrumentos narrativos clássicos e a uma noção de encenação baseada na razão e no discurso.


Os anos passam e a ideia de Cinema de Fluxo ganha corpo na crítica cinematográfica e nos estudos acadêmicos de cinema. Contudo, a própria noção de Fluxo é sempre muito ambígua e varia conforme quem escreve e quais aspectos são levantados dos filmes. E o que há de comum em todos esses textos são justamente eles, os filmes e os cineastas. Então, o que é esse fluxo que percorre obras de países tão distintos e cineastas de origens tão diferentes como Abbas Kiarostami, Apichatpong Weerasethakul, Claire Denis, Lucrécia Martel e Wong Kar-Wai?


A hipótese do curso é a de que essa estética privilegia a passagem do tempo à sequência do relato, de modo que a narrativa é interrompida por intervalos de contemplação, seja a vista de uma montanha (Gerry, de Gus Van Sant), a chegada de um trem (Café Lumière, de Hou Hsiao-Hsien) ou um corpo que dança (Shara, de Naomi Kawase). São filmes que tendem à desdramatização da atuação e ao retrato de acontecimentos banais e cotidianos. Assim, estudar o Fluxo é percorrer as imagens e sons do cinema, e não as histórias que estão sendo contadas.


Objetivos

O curso CINEMA DE FLUXO: A ESTÉTICA DESACELERADA DO CONTEMPORÂNEO, ministrado por Lennon Macedo, oferece um panorama da Estética de Fluxo no cinema contemporâneo, mapeando os principais filmes e cineastas, rastreando seus antecedentes na história do cinema e delimitando seus principais conceitos. A partir dessa visão de conjunto será possível analisar obras a fim de perceber o funcionamento desta estética e os modos como a imagem pode produzir intervalos na narrativa cinematográfica. As aulas serão expositivas e dialogadas, trazendo cenas de filmes e citações de textos recomendados.


Conteúdos

Aula 1

- Cinema de Afetos, Slow Cinema e os muitos nomes do Cinema de Fluxo;

- O que é o Fluxo? A crítica de cinema e a construção de conceitos;

- Uma arqueologia do Fluxo: de Lumière aos cinemas novos;

- A raiz comum: Yasujiro Ozu;

- Os precursores: Abbas Kiarostami (A vida e nada mais) e Hou Hsiao-Hsien (Um novo realismo para uma nova realidade);

- A banalidade do cotidiano e a imagem como intervalo na narrativa.


Aula 2

- Cinemas do corpo, Cinemas da paisagem, Cinemas do tempo;

- Claire Denis e o corpo que dança; Naomi Kawase e a câmera-corpo; Tsai Ming-Liang e os limites do corpo;

- As estradas de Karim Ainouz e Vincent Gallo; o deserto de Gus Van Sant; Lucrécia Martel e os sons ambientes;

- Refrão e repetição em Wong Kar-Wai e Lisandro Alonso; entrar e sair de cena nos filmes de Pedro Costa; Apichatpong Weerasethakul e a imagem que dura;

- O Cinema de Fluxo hoje: disseminação dos intervalos.

Ministrante: Lennon Macedo

Professor e pesquisador. Doutor em Comunicação pela UFRGS. Participa do Grupo de Pesquisa em Semiótica e Culturas da Comunicação (GPESC) e da Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH). Compõe também o fanzine de crítica de cinema Zinematógrafo e o coletivo de arte gráfica Selo Manada, em Porto Alegre. Investiga atravessamentos entre audiovisualidades contemporâneas, teorias do cinema e semiótica da comunicação. Realizou a pesquisa de mestrado O intervalo expresso na paisagem (UFRGS, 2019), onde se dedicou ao estudo do Cinema de Fluxo. Ministrou o curso O Dragão Vive: Glauber Rocha 80 Anos (2019) para a Cine UM.


Curso
CINEMA DE FLUXO: A ESTÉTICA DESACELERADA DO CONTEMPORÂNEO
de Lennon Macedo


Datas
26 e 27 / Abril
(sábado e domingo)

Horários
14h30 às 17h30

Duração
2 encontros presenciais
(carga horária: 6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


Material
Certificado de participação


Investimento

Lote 1 (até 06/04)
R$ 60,00

Lote 2 (até 20/04)
R$ 65,00

Lote 3
R$ 70,00


Formas de pagamento
Cartão de crédito (em até 3x)
Boleto
Depósito / Pix



FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO





Informações

cinema.cineum@gmail.com  /  Fone: (51) 99270-1352




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quinta-feira, 6 de março de 2025

Thrillers Eróticos

 

 CURSO ADIADO  

 CURSO ADIADO  


Os thrillers eróticos dos anos 80 e 90 são um fenômeno cinematográfico único, onde suspense, erotismo e drama psicológico se fundem em narrativas repletas de tensão e sedução. Caracterizados por tramas envolventes que exploram desejos proibidos, traições e jogos de poder, esses filmes frequentemente apresentam personagens complexos e ambíguos, em cenários glamourosos ou sombrios.


Com uma estética marcante, que alia sensualidade a climas de mistério, esses títulos desafiavam convenções sociais e morais, refletindo as transformações culturais da época. Alguns dos principais cineastas de Hollywood nos anos 80 e 90 elevaram o gênero, criando obras que, além de provocativas, questionavam tabus e expunham as contradições humanas. Uma mistura irresistível de prazer e perigo, que cativou plateias e deixou um legado duradouro no cinema.


Thriller erótico é aquele tipo de filme hollywoodiano em que o sexo está sempre associado ao perigo ou ao crime, com personagens femininas construídas pelo olhar masculino, ou seja: geralmente são mulheres bonitas, sedutoras e traiçoeiras. Sinônimo de encrenca.


Objetivos

O Curso CORPOS ARDENTES & INSTINTOS SELVAGENS: OS THRILLERS ERÓTICOS DOS ANOS 80 E 90, ministrado por Ticiano Osório, irá examinar os thrillers eróticos produzidos em Hollywood no período. As aulas vão destacar títulos fundamentais, como Corpos Ardentes (1981), Atração Fatal (1987) e Instinto Selvagem (1992), diretores que se especializaram nessa seara, como Paul Verhoeven, Brian De Palma e Adrian Lyne, e nomes que ficaram para sempre associados a esses filmes, como Sharon Stone, Michael Douglas, Linda Fiorentino e Tom Berenger. Vamos falar sobre os personagens arquetípicos, as tramas recorrentes e o contexto que contribuiu tanto para o sucesso quanto para a decadência do subgênero.


  ATENÇÃO  

Esta atividade é proibida para menores de 18 anos.


Conteúdos

Aula 1

As origens e a ascensão dos thrillers eróticos

A influência do Cinema Noir dos anos 1940

Os personagens arquetípicos, como as femmes fatales

Filmes:

Gigolô Americano (1980), Vestida para Matar (1980), Corpos Ardentes (1981), O Destino Bate à sua Porta (1981), Dublê de Corpo (1984), Acerto de Contas (1986), 9 ½ Semanas de Amor (1986), Atração Fatal (1987), O Mistério da Viúva Negra (1987), Perigo na Noite (1987), Sem Saída (1987), Vítimas de uma Paixão (1989) e Busca Mortal (1991).

 

Aula 2

A explosão chamada Sharon Stone

As tramas recorrentes

A decadência do subgênero

Filmes:

Instinto Selvagem (1992), Jogos de Adultos (1992), Corpo em Evidência (1993), Invasão de Privacidade (1993), O Poder da Sedução (1994), Assédio Sexual (1994), Jade (1995), Ligadas pelo Desejo (1996), Um Crime Perfeito (1998), Garotas Selvagens (1998), Femme Fatale (2002) e Infidelidade (2002).



Ministrante: TICIANO OSÓRIO

Crítico de Zero Hora, GZH e Rádio Gaúcha e autor dos livros "O Morcego e a Luz: 80 Anos de Batman no Cinema" (BesouroBox, 2023) e "Anotações no Escuro: As Perguntas que os Filmes me Fazem" (Arquipélago Editorial, 2024). Ministrou para a Cine UM os cursos As Várias Faces do Morcego: 80 Anos de Batman no Cinema (2023) e Absolute Cinema Martin Scorsese: Entre a Cruz e a Pistola (2024).



Curso
CORPOS ARDENTES & INSTINTOS SELVAGENS: OS THRILLERS ERÓTICOS DOS ANOS 80 E 90
de Ticiano Osório


Datas
05 e 06 / Abril
(sábado e domingo)

Horários
14h30 às 17h30

Duração
2 encontros presenciais
(carga horária: 6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


Material
Certificado de participação


Investimento

Lote 1 (até 23/03)
R$ 60,00



Formas de pagamento
Cartão de crédito (em até 3x)
Boleto
Depósito / Pix




Informações

cinema.cineum@gmail.com  /  Fone: (51) 99270-1352




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