Apresentação
O cinema feito por mulheres é um fenômeno vigoroso e de longa data no Brasil. Entretanto, muitas vezes a trajetória das nossas cineastas acaba minimizada ou esquecida nos livros de história do cinema. Nas últimas duas décadas, a insurgência dos movimentos sociais em prol da equidade de gênero impulsionou pesquisadoras e pesquisadores a resgatarem a presença artística das mulheres no audiovisual.
Traçar um panorama da autoria feminina no Brasil é, portanto, recolocar essas mulheres no olho da história e reconhecer a sua importância para construção estética e política do nosso cinema.
Objetivos
O Curso MULHERES DIRETORAS NO CINEMA BRASILEIRO, ministrado por Daniela Strack, deseja lançar luz à trajetória das cineastas mulheres no contexto brasileiro. A partir da análise da vida e obra de algumas de suas principais cineastas, o curso propõe um novo olhar para a história do cinema brasileiro.
AULA 1
Percursos invisíveis: as primeiras cineastas
1) Breve panorama dos estudos sobre mulheres no cinema brasileiro;
2) De personagem à cineasta: as pioneiras do cinema brasileiro (Cléo de Verberena, Carmen Santos, Gilda de Abreu);
3) Mulheres diretoras nas décadas de 60 e 70 (Helena Solberg, Tereza Trautman, Vera de Figueiredo);
4) Amor Maldito e as cineastas pós ditadura militar (Adélia Sampaio, Suzana Amaral, Lúcia Murat).
AULA 2
Feminino e plural: mulheres no cinema brasileiro contemporâneo
1) A geração pós-retomada (Tata Amaral, Anna Muylaert, Ana Luiza Azevedo, Laís Bodanzky);
2) Helena Ignez e Paula Gaitán: longos percursos, novos cinemas;
3) Mulheres no cinema brasileiro contemporâneo.
Mestre em Comunicação pelo PPGCOM UFRGS (2022), com bolsa Capes. Possui graduação em Produção Audiovisual pela PUCRS (2014). Sua dissertação sobre o trabalho de Helena Ignez na direção cinematográfica recebeu voto de louvor pela Banca Examinadora da Dissertação de Mestrado e foi indicada ao Prêmio Socine de Teses e Dissertações. Trabalha no mercado cinematográfico desde 2012, integrando as equipes de direção e montagem de diversos filmes gaúchos. Atuou como Assistente de Direção dos longas-metragens Tinta Bruta (Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, 2018); A Colmeia (Gilson Vargas, 2019) Raia 4 (Emiliano Cunha, 2019); 5 Casas (Bruno Goulart Barreto, 2020) e A Nuvem Rosa (Iuli Gerbase, 2021), dentre outros.
Foi presidenta da Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul (APTC-RS) na gestão 2019-2021. É membro-fundadora do cineclube "Academia das Musas", fundado em 2016 com objetivo de estudar produções dirigidas por mulheres, e membro da ACCIRS (Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul). Foi presidente da APTC-RS (Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul) de 2019 a 2021. Ministrou o curso “Agnès Varda: Pioneira da Nouvelle Vague” (2020) pela Cine UM.