quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Mulheres Diretoras

 


Apresentação

O cinema feito por mulheres é um fenômeno vigoroso e de longa data no Brasil. Entretanto, muitas vezes a trajetória das nossas cineastas acaba minimizada ou esquecida nos livros de história do cinema. Nas últimas duas décadas, a insurgência dos movimentos sociais em prol da equidade de gênero impulsionou pesquisadoras e pesquisadores a resgatarem a presença artística das mulheres no audiovisual.


Este novo olhar para a história do cinema brasileiro revelou cineastas do período silencioso, como Cléo de Verberena, além de difundir o trabalho de diretoras em atividade durante movimentos importantes da nossa cinematografia como a Pornochanchada, o Cinema Novo e o Cinema Marginal.

Traçar um panorama da autoria feminina no Brasil é, portanto, recolocar essas mulheres no olho da história e reconhecer a sua importância para construção estética e política do nosso cinema.


"Creio que existe, sim, uma expressão feminina. Entretanto, ela é, antes de tudo, uma expressão libertária de resistência, de formulação política, de expressão transformadora e de construção de novas percepções críticas e projetos políticos." (Heloísa Buarque de Holanda no prefácio do livro Feminino e Plural: Mulheres no Cinema Brasileiro)


Objetivos

O Curso MULHERES DIRETORAS NO CINEMA BRASILEIRO, ministrado por Daniela Strack, deseja lançar luz à trajetória das cineastas mulheres no contexto brasileiro. A partir da análise da vida e obra de algumas de suas principais cineastas, o curso propõe um novo olhar para a história do cinema brasileiro.



Conteúdos


AULA 1

Percursos invisíveis: as primeiras cineastas

1) Breve panorama dos estudos sobre mulheres no cinema brasileiro;

2) De personagem à cineasta: as pioneiras do cinema brasileiro (Cléo de VerberenaCarmen SantosGilda de Abreu);

3) Mulheres diretoras nas décadas de 60 e 70 (Helena SolbergTereza TrautmanVera de Figueiredo);

4) Amor Maldito e as cineastas pós ditadura militar (Adélia SampaioSuzana AmaralLúcia Murat).


AULA 2

Feminino e plural: mulheres no cinema brasileiro contemporâneo

1) A geração pós-retomada (Tata AmaralAnna MuylaertAna Luiza AzevedoLaís Bodanzky);

2) Helena Ignez e Paula Gaitán: longos percursos, novos cinemas;

3) Mulheres no cinema brasileiro contemporâneo.

 


Ministrante: Daniela Strack

Mestre em Comunicação pelo PPGCOM UFRGS (2022), com bolsa Capes. Possui graduação em Produção Audiovisual pela PUCRS (2014). Sua dissertação sobre o trabalho de Helena Ignez na direção cinematográfica recebeu voto de louvor pela Banca Examinadora da Dissertação de Mestrado e foi indicada ao Prêmio Socine de Teses e Dissertações. Trabalha no mercado cinematográfico desde 2012, integrando as equipes de direção e montagem de diversos filmes gaúchos. Atuou como Assistente de Direção dos longas-metragens Tinta Bruta (Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, 2018); A Colmeia (Gilson Vargas, 2019) Raia 4 (Emiliano Cunha, 2019); 5 Casas (Bruno Goulart Barreto, 2020) e A Nuvem Rosa (Iuli Gerbase, 2021), dentre outros.

Foi presidenta da Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul (APTC-RS) na gestão 2019-2021. É membro-fundadora do cineclube "Academia das Musas", fundado em 2016 com objetivo de estudar produções dirigidas por mulheres, e membro da ACCIRS (Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul). Foi presidente da APTC-RS (Associação Profissional de Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul) de 2019 a 2021. Ministrou o curso “Agnès Varda: Pioneira da Nouvelle Vague” (2020) pela Cine UM.



Curso
MULHERES DIRETORAS NO CINEMA BRASILEIRO
de Daniela Strack


Datas
25 e 26 / Novembro
(sábado e domingo)

Horário
14h30 às 17h30

Duração
2 encontros presenciais
(carga horária: 6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)



Investimento

LOTE 1
R$ 45,00 (até 05/novembro)

LOTE 2
R$ 50,00 (até 19/novembro)

LOTE 3
R$ 60,00




* Formulário de Inscrição abaixo
.

Material
- Certificado de participação


Informações

cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99270-1352



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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Clint Eastwood

 



O ator e cineasta americano Clint Eastwood é normalmente vítima de uma sensibilidade atual que varre para debaixo do tapete as ambiguidades e complexidades do ser humano e de uma obra de arte. Daí ele e seus filmes serem considerados racistas, belicistas ou reacionários, o que um olhar atento negará. Está na ambiguidade, aliás, sua maior força.


Eastwood se apoia na complexidade do ser humano e nas contradições de suas ações porque sabe que a melhor arte é ambígua, dificilmente redutível a uma única classificação. Como ele questiona o politicamente correto, principalmente por ser de uma outra geração, mas também por encontrar na prática alguns exageros e uma certa hipocrisia, a incompreensão aumenta.


Objetivos

O curso Clint Eastwood: Entre Meninos e Lobos, de Sérgio Alpendre, não vai se limitar a falar sobre a vida de Clint Eastwood, seu posicionamento político e suas declarações. O interesse do estudo estará direcionado à reflexão sobre sua condição de realizador clássico do cinema norte-americano e ao pensar sobre seus filmes e no que eles nos dizem e informam sobre sua personalidade. É neles que estão todos os elementos necessários para estudar seu cinema, marcado pela crença no indivíduo e por um humanismo que parece não mais existir.


Conteúdos

Da estreia na direção à entrada numa nova década

- Sob o signo de Don Siegel: Paixão Proibida.

- Sob o signo de Sergio Leone: O Estranho Sem Nome, Josey Wales.

- Um diretor que procura o diferente: Interlúdio de Amor, Escalado para Morrer, Rota Suicida.


A consciência de estar no mundo

- Melancolia e melomania: Honkytonk Man, Bird.

- A fase das reiterações: Firefox, Impacto Fulminante, Cavaleiro Solitário, O Destemido Senhor da Guerra.

- Obsessão e cinema: Coração de Caçador.


A fase de ouro nos anos 90

- O western definitivo: Os Imperdoáveis.

- Na véspera da tragédia: Um Mundo Perfeito.

- Sensibilidade feminina?: As Pontes de Madison.

- Exercícios clintianos: Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal, Poder Absoluto, Crime Verdadeiro.


O envelhecimento, a dignidade

- Envelhecer com brio: Cowboys do Espaço, J. Edgar, A Mula.

- O ápice da forma: Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro, O Caso Richard Jewell.

- Pontos de vista na guerra: A Conquista da Honra, Cartas de Iwo Jima, Sniper Americano.

- Preconceito e injustiça: Gran Torino, Invictus.

- Reações e superações: A Troca, Além da Vida, Sully, 15:17: Destino Paris.


Ministrante: SÉRGIO ALPENDRE

Crítico e professor de cinema, jornalista, pesquisador, curador e consultor para textos. Escreve na Folha de S. Paulo, no site Leitura Fílmica e no blog pessoal “sergioalpendre.com”, entre outros veículos. É doutor em Comunicação pela UAM - SP, mestre em Cinema pela ECA-USP. Atualmente faz pós-doutorado em Comunicação na PUC-RS. Ministrou o curso “Panorama do Cinema Japonês” pela Cine UM.


Curso
CLINT EASTWOOD: ENTRE MENINOS E LOBOS
de Sérgio Alpendre


Datas
28 e 29 / Outubro
(sábado e domingo)

Horário
14h30 às 17h30

Duração
2 encontros presenciais
(carga horária: 6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)



Investimento

LOTE 1
R$ 45,00 (até 08/outubro)

LOTE 2
R$ 50,00 (até 22/outubro)

LOTE 3
R$ 55,00 (até 28/outubro)






* Formulário de Inscrição abaixo
.

Material
- Certificado de participação


Informações

cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99270-1352



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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

São Paulo

  



O cinema e a cidade moderna estabelecem uma relação mútua, onde a cinematografia testemunhou, registrou e discutiu o desenvolvimento da urbanidade moderna e suas transformações, mostrando-se como um relevante espelho da sociedade ao “criar” imagens e ideias sobre determinados lugares, muitas das vezes manipulando-as e influenciando-as.


Provavelmente, como nenhum outro método de visualização, como máquina do visível, o cinema consegue representar os espaços arquitetônicos como espaços vividos e habitados. O processo de criação dessa memória, profundamente ancorada nas experiências prévias do espectador, está não só relacionado com a realidade física dos espaços filmados, mas também com a relação vivencial que estabelecemos com outros elementos que constroem os mundos cinematográficos, quer sejam personagens, objetos, luzes, cores, texturas, sons ou narrativas.

A trajetória e a representação da cidade de São Paulo e de suas arquiteturas no cinema é extremamente rica e conta com muitos filmes ficcionais nacionais. Podemos ainda dizer que, em alguns filmes particularmente, ela é mais do que mera coadjuvante cênica, e que também ela não representa apenas uma realidade “imaginada”, mas é bastante eficaz em comunicar mensagens e concretizar significados essenciais relativos da ”realidade” de São Paulo e a sua arquitetura. 



representação da arquitetura paulistana nas imagens cinematográficas ficcionais acentua o interesse por nossa história, tanto pelas nossas mitologias urbanas quanto pelos nossos diversos tipos de representações. O edifício COPAN é um dos exemplos mais contundentes da imensa força da utilização das imagens enquanto veículo de representação e divulgação da Arquitetura. É também um potente exemplo de como a mídia cinemática representa os espaços arquitetônicos como espaços vividos e habitados e a concretização do processo de criação desta “memória” social. Toda vez que a representação iconográfica da cidade de São Paulo se faz necessária, o objeto arquitetônico COPAN é invocado a compor parte dessas ilustrações.


Objetivos

O curso SÃO PAULO A 24 QUADROS: UMA CIDADE DE CINEMA, ministrado por Paulo Leônidas, objetiva estabelecer uma análise sobre a arquitetura da cidade de São Paulo e como sua imagem arquitetônica e sua realidade é representada na cinematografia brasileira.

Porque apreendemos que a Arquitetura de São Paulo representada nas imagens cinematográficas é real? De que maneira estas representações podem nos ajudar a entender a cidade e suas arquiteturas?

partir destas e outras reflexões se buscará uma fundamentação analítica, teórica e instrumental para uma abordagem da intersecção entre a Arquitetura e a Cinematografia e suas representações.


Conteúdos

Aula 1

A Duplicidade / Domínios da Imagem / A Construção da Modernidade / Topologias da Cidade / A cidade à distância / A visão aérea e panorâmica / As habitações / Mobilidade e verticalidade

Filmes representativos e emblemáticos

 


Aula 2

A arquitetura icônica / Edifício COPAN e sua representação física e imaginária / O encontro através do olhar / Um objeto recordação / A cidade e a cidade-tela

Filmes representativos e emblemáticos


Ministrante: Paulo Leônidas

Graduado em Arquitetura (UFRGS). Pós-graduado em Arquitetura (PROPAR / UFRGS / Architectural Association School of Architecture - Londres). Mestrado em Arquitetura (PROPAR / UFRGS). Professor visitante na Escola de Arquitetura / Universidade de Varsóvia (Polônia) e na Architectural Association School of Architecture - Londres.

Conferencista, cenógrafo, cineasta, escritor e roteirista de cinema e séries de TV. Lançou os livros "Romeu e Julieta 1844" (romance, 2015) e "DezMiolados" (coletânea de autores, 2019). É autor de inúmeros artigos e textos acadêmicos. Ministrou o curso “A Arquitetura do Cinema” pela Cine UM.


Curso
SÃO PAULO A 24 QUADROS: UMA CIDADE DE CINEMA
de Paulo Leônidas


Datas
01 e 08 / Outubro
(2 aulas aos domingos)

Horário
14h30 às 17h30

Duração
2 encontros
(carga horária: 6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)



Investimento

LOTE 1
R$ 40,00 (até 10/setembro)

LOTE 2
R$ 45,00 (até 10/setembro)





* Formulário de Inscrição abaixo
.

Material
- Apostila
- Certificado de participação


Informações

cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99270-1352



  Formulário de inscrição 







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terça-feira, 25 de julho de 2023

Roger Corman

 




Apresentação

Roger Corman é creditado em algumas centenas de filmes (e não-creditado em centenas de outros com os quais esteve envolvido), principalmente como produtor e diretor, mas também como roteirista e até como ator. É um dos cineastas mais prolíficos e bem-sucedidos de toda a história do cinema, com uma carreira que atravessa sete décadas. Ao longo dessa carreira, trabalhou com muitos profissionais que também viriam a se tornar figuras importantes para a indústria cinematográfica. Jack Nicholson, Charles Bronson, Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Peter Bogdanovich e Joe Dante são apenas alguns dos nomes que Corman apadrinhou quando estavam começando no cinema.


O curso vai oferecer um panorama da carreira dessa figura imprescindível da história do cinema, do início da década de 1950 até os dias de hoje, mais de 500 filmes depois. Vai comentar também as mudanças pelas quais passou a indústria do entretenimento ao longo desse período, como o fim da era dos grandes estúdios, o surgimento da televisão, a TV paga e os formatos de vídeo.


Objetivos

O curso Roger Corman: O Homem dos 500 Filmes, ministrado por Marcelo Severo, objetiva apresentar a obra do diretor / produtor cronologicamente, através dos filmes mais importantes dessa vasta filmografia. Analisará também a influência do cineasta na indústria e o seu legado para Hollywood, principalmente no que diz respeito aos profissionais que apresentou ao longo das últimas sete décadas.


Conteúdo programático

Aula 1

Anos 1950
Roger Corman antes do cinema
Primeiros contatos profissionais com a indústria
Começo da carreira
American International Pictures
Principais produções do período


Anos 1960
Ciclo Edgar Allan Poe
O Intruso
Contracultura
Nova Hollywood
Principais produções do período


Aula 2

Anos 1970
New World Pictures
Filipinas
Blockbusters
Distribuição
Principais produções do período


Anos 1980 até hoje
Concorde/New Horizons
Última Direção
Período mais prolífico, menos criativo
Filmes mais recentes
Principais produções do período




Ministrante: Marcelo Severo
Formado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisador de cinema; escreve sobre filmes, quadrinhos e rock’n’roll desde os anos 1990. Ministra cursos e oficinas no "Fantaspoa", sempre relacionados à ficção científica, ao horror e ao cinema fantástico em geral.




Curso
ROGER CORMAN: O HOMEM DOS 500 FILMES
de Marcelo Severo


Datas
09 e 10 de Setembro (sábado e domingo)
2 aulas

Horário
14h30 às 17h30

Duração
2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)



Investimento

LOTE 1
R$ 40,00 (até 13/agosto)

LOTE 2
R$ 45,00 (até 31/agosto)

LOTE 3
R$ 50,00



* Formulário de Inscrição abaixo
.

Material
- Apostila
- Certificado de participação


Informações

cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99270-1352



  Formulário de inscrição 








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