O ator e cineasta americano Clint Eastwood é normalmente vítima de uma sensibilidade atual que varre para debaixo do tapete as ambiguidades e complexidades do ser humano e de uma obra de arte. Daí ele e seus filmes serem considerados racistas, belicistas ou reacionários, o que um olhar atento negará. Está na ambiguidade, aliás, sua maior força.
Objetivos
O curso Clint Eastwood: Entre Meninos e Lobos, de Sérgio Alpendre, não vai se limitar a falar sobre a vida de Clint Eastwood, seu posicionamento político e suas declarações. O interesse do estudo estará direcionado à reflexão sobre sua condição de realizador clássico do cinema norte-americano e ao pensar sobre seus filmes e no que eles nos dizem e informam sobre sua personalidade. É neles que estão todos os elementos necessários para estudar seu cinema, marcado pela crença no indivíduo e por um humanismo que parece não mais existir.
Conteúdos
Da estreia na direção à entrada numa nova
década
- Sob o signo de Don Siegel: Paixão
Proibida.
- Sob o signo de Sergio Leone: O Estranho
Sem Nome, Josey Wales.
- Um diretor que procura o diferente: Interlúdio de Amor, Escalado para Morrer, Rota Suicida.
A consciência de estar no mundo
- Melancolia e melomania: Honkytonk Man,
Bird.
- A fase das reiterações: Firefox, Impacto
Fulminante, Cavaleiro Solitário, O Destemido Senhor da Guerra.
- Obsessão e cinema: Coração de Caçador.
A fase de ouro nos anos 90
- O western definitivo: Os Imperdoáveis.
- Na véspera da tragédia: Um Mundo
Perfeito.
- Sensibilidade feminina?: As Pontes de
Madison.
- Exercícios clintianos: Meia Noite
no Jardim do Bem e do Mal, Poder Absoluto, Crime Verdadeiro.
O envelhecimento, a dignidade
- Envelhecer com brio: Cowboys do Espaço,
J. Edgar, A Mula.
- O ápice da forma: Sobre Meninos e Lobos,
Menina de Ouro, O Caso Richard Jewell.
- Pontos de vista na guerra: A Conquista
da Honra, Cartas de Iwo Jima, Sniper Americano.
- Preconceito e injustiça: Gran Torino,
Invictus.
- Reações e superações: A Troca, Além da Vida, Sully, 15:17: Destino Paris.
Ministrante: SÉRGIO ALPENDRE
Crítico e
professor de cinema, jornalista, pesquisador, curador e consultor para textos.
Escreve na Folha de S. Paulo, no site Leitura Fílmica e no blog pessoal
“sergioalpendre.com”, entre outros veículos. É doutor em Comunicação pela UAM -
SP, mestre em Cinema pela ECA-USP. Atualmente faz pós-doutorado em Comunicação
na PUC-RS. Ministrou o curso “Panorama do Cinema Japonês” pela Cine UM.
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